Algumas das perguntas que muitos de nós (se não todos nós) fazemos, em algum ponto de nossa existência, têm a ver com o tempo. O que é o tempo? Como perceber ou como descrever o tempo? Onde está o tempo?
Certamente, essas são perguntas complexas, profundas e, ainda assim, respondidas por diferentes pensadores ao longo do próprio tempo. A vida, inevitavelmente, se faz no tempo. E o tempo se faz na vida. Para além de todas as portas de acesso ao sentido do tempo, cada uma delas nos levará à experiência de tempo tanto pela subjetividade quanto pela abstração matemática.
A partir desse contexto de provocações filosóficas, uma em especial é intrigante. Como Deus está no tempo? E ainda: como a temporalidade divina atravessa a relação do homem para com Deus?
É nesse sentido que este pequeno livro se materializa, isto é, como uma tentativa de capturar algum sentido da temporalidade divina que oriente a experiência com o próprio divino.
Para tal, uma mesa de conversas é proposta entre Hans Reichenbach, Aristóteles, Agostinho, Baruch Espinosa e Nietzche e trechos das sagradas escrituras, não pretendendo esgotar o que mentes tão brilhantes como estas têm a dizer sobre o assunto, mas apenas propor um breve diálogo entre todas as partes.
Portanto, com a mesa posta e as condições reveladas, podemos dizer que este não é um livro exclusivamente para cristãos. Este é um livro escrito por alguém que foi criado com a centelha da pergunta e, assim, programado para investigar.