As luzes de Hong Kong nunca brilham sobre as sombras do edifício Kam Wahy.
Ali vivem homens e mulheres espremidos em cubículos que lembram caixões e gaiolas, tentando sobreviver ao esquecimento.
O prédio é o retrato cruel de uma cidade partida: entre luxo e miséria, entre poder e abandono.
Há tráfico, silêncio, corpos e culpas.
E há amor, em meio ao impossível.
No coração desse labirinto humano, "Entre Gaiolas" expõe os gritos que o concreto tenta abafar — e a esperança teimosa de quem ainda sonha em voar.