Em "Entre duas datas", Duarte e Malvina vivem um relacionamento que se constrói na juventude, marcado por encontros frequentes e planos que ambos passam a alimentar para o futuro. A convivência se desenvolve nesses momentos compartilhados, em que o afeto se fortalece, até que circunstâncias exteriores acabam por interromper esse vínculo e afastá-los. Com a separação, Duarte segue seu caminho e passa a viver longe de Malvina, enquanto ela permanece em sua cidade, envolvida em novas rotinas e obrigações. Os anos transcorrem, e cada um constrói uma vida marcada por outras experiências, assumindo novas responsabilidades e adotando novos modos de ver o mundo e a si mesmos. Muito tempo depois, um reencontro inesperado os coloca novamente frente a frente. A proximidade faz reviver episódios do passado, mas também evidencia, em pequenos gestos e nas conversas que se seguem, que o tempo alterou não apenas suas circunstâncias, mas também quem eles se tornaram. A narrativa acompanha esses encontros sucessivos, em que a memória e o presente se cruzam, revelando o peso desses anos que os separam.