A obra visa analisar o racismo obstétrico no contexto das violações de direitos humanos das mulheres negras no Brasil, sendo fruto da dissertação de mestrado defendida por Juliana Azevedo. De tal modo, buscou-se evidenciar a maior incidência de violência obstétrica contra as mulheres negras (constituindo, portanto, o racismo obstétrico), trazendo a ausência de um viés interseccional no tocante às questões de gênero e raça como impulsionador dessa violência no Brasil. Nesse sentido, o livro inicia com a indicação de novas categorias de análise para as violências contra as mulheres, passando pela identificação da violência e do racismo obstétricos e trazendo uma análise do atual cenário relativo à proteção nacional e internacional no enfrentamento do problema. O conteúdo estudado se direciona a todos os profissionais do Direito, Saúde e Educação, também a todas as pessoas interessadas na temática, mas, em especial, é dedicado a todas as mulheres negras brasileiras, sendo uma contribuição ao antirracismo e ao feminismo negro.