EN ROUGE é parte de uma trilogia de fatos e feridas que só cicatrizaram-se a
partir do momento no qual esta autora utilizou-se mais uma vez da escrita
como forma de apagar da memória o que os olhos viram, esquecer o que os
ouvidos ouviram e se lembrar do que não deve ser esquecido.
Agora em polo completamente oposto a AU NOIR, foi de presidiária à policial, e
em um quebra cabeça completamente insano, hoje é quem precisa ostentar um
olhar implacável do lado de fora das grades de uma prisão.
E não foi difícil consegui-lo, mesmo depois de por uma vez ter estado do outro
lado.
As circunstâncias, o dia a dia e o constante confronto com a maldade em seu
estado mais cruel exigem-no, e o tempo, juiz impassível de nossos atos e
escolhas, traz as consequências, que podem não parecer, mas também são
drásticas do lado de cá.
Cada policial, à sua maneira tenta enfrentá-las. Sexo, drogas, álcool,
medicamentos, violência, excesso de trabalho, enfim, uma infinidade de falsas
fugas é utilizada para tanto, mas elas, as consequências, como feridas,
continuam lá, em carne viva, a sangrarem ainda que ninguém as veja ou
realmente se importe com elas.
EN ROUGE – Da Polícia e suas Fugas para não Matar e não Morrer - foi
escrito exatamente para que você consiga enxergar as dores camufladas por
detrás desses olhares impassíveis, mas que não conseguem esconder a
paixão pela profissão apesar de tudo.
E se você realmente quiser saber o que um policial sente na pele por debaixo
de fardas impecáveis, coloque-a também por um dia que seja ou leia esse livro!