O que faz empresas em condições comparáveis reagirem de forma diferente às crises que sobre elas se abatem? Por que determinada crise é fatal para umas e para outras se torna um ponto de alavancagem? Essas eram perguntas que eu me fazia a cada experiência em consultoria, sala de aula ou treinamento e que me levaram ao mestrado em busca de respostas.
Dediquei-me a reconhecer os elementos que, com maior frequência, levam às crises organizacionais e também a levantar as características das empresas resilientes, identificando suas estratégias para proteção e enfrentamento das adversidades.
Perceber a resiliência enquanto um atributo também das empresas, proveniente do desenvolvimento de características que as elevam ao patamar de organizações saudáveis, melhor capacitadas a confrontarem as mudanças repentinas, foi um divisor de águas que, a partir da pandemia do Covid-19, transformou-se em ponto de partida para um novo estudo.
Responder por que, apesar de reconhecerem em si as habilidades necessárias ao desenvolvimento da resiliência organizacional, as empresas pesquisadas não as utilizavam para vencer suas vulnerabilidades nem tomavam ações preventivas visando minimizar os riscos de enfrentamento das crises tornou-se uma nova inquietação pessoal.
Foi a partir da conclusão desta dissertação que iniciei a definição do conceito da Resiliência Reversa, hoje marca registrada, como competência necessária à antecipação às crises e que em breve compartilharei em nova publicação.