Ser, fazer e pensar. Estes verbos exprimem o nosso modo humano de existir no mundo. Ao mesmo tempo em que fazemos a história, constituímos nossa identidade e podemos exercitar a capacidade de refletir sobre nós mesmos e a realidade que nos circunda. Em boa medida, somos aquilo que fazemos. Porém, somos também aquilo que desejamos ser e fazer e que, por motivos diversos, não conseguimos. Se os nossos ser e fazer são limitados ou impedidos, nossos pensamentos, crenças e sonhos podem nos alçar ao infinito. Nossas ações, modos de pensar e identidades individuais sempre têm incidências concretas sobre a história coletiva que construímos ou modificamos. De forma negativa ou positiva, todos deixamos marcas impressas na sociedade e no sistema cósmico do qual fazemos parte. Observar como se processam os comportamentos das pessoas nos vários âmbitos, dimensões e contextos da vida é um exercício fundamental. Da capacidade de análise da realidade resulta também a possibilidade de interferir de forma mais apropriada na história, a fim de que ela adquira feições mais sustentáveis, justas, benfazejas e humanizadas. Esta obra, constituída de uma espécie de mosaico do pensar, transita pelos terrenos movediços da realidade humana no anseio de que ela se firme em bases sempre mais sólidas nas quais a vida floresça e prevaleça.