EM NOME DO FILHO, de Paulino Vergetti Neto, põe em cena, num romance de fôlego, um esquizofrênico. Durante toda a trama há uma tese a ser defendida: a loucura é mais saudável e reveladora do que aqueles que, sãos, normais, revelam em todas as situações o óbvio e a limitação. Triano, o narrador, o tempo todo passa a se entregar a visões. São Tomás de Aquino, Aristóteles, a Rainha Vitória, Erasmo de Rotterdam e Maquiavel, Nabucodonosor, Cervantes, Dom Quixote, Sancho Pança e o Rocinante, Leonardo da Vinci entre outros. Entidades que visitam sua casa. Tem cinco irmãos com quem vive somente conflitos. O amor pela mãe chega ao auge, ao sublime. No desfecho, noite de Natal, o pai já morto e os cinco irmãos desaparecidos subitamente estão todos na última ceia, sentados à mesa. Ele não sabe se está morto. Nem o leitor. Romance extremamente singular, brilhante.