A obra recorreu-se a uma linguagem poética, o autor Carlos Dias procurou oportunizar a crítica social, porém sem qualquer pretensão sociológica. A curiosidade é estimulada por um clima de tensão que se estabelece desde as primeiras linhas, destarte sem estressar o leitor.
A cada página, busca-se desafiar a imaginação e o engajamento do leitor a partir de situações corriqueiras, mas também fantásticas que mantêm desperto o afã de fazer as costuras e fechamentos que o enredo suscita. Ao longo do texto, o sensual suaviza certos impasses existenciais que as personagens vivenciam, mas sem apelar para imagens ou palavras chulas.
Um livro que, no fundo, propõe uma pedagogia da existência ajudando a refletir sobre as contradições, a pequenez e, ao mesmo tempo, a beleza do humano.