Popularmente conhecida como "baixaria", a campanha negativa é uma realidade e tem um papel importante na dinâmica eleitoral. Campanhas centradas exlusivamente em propostas e discussões sobre os problemas locais, regionais ou nacionais são absolutamente insuficientes e não atendem plenamente o interesse coletivo, ao contrário do que se pode imaginar à primeira vista. Isso porque a realidade política dispensa as simplificações. Muito do que se diz sobre as eleições, na opinião pública, está ancorado em pré-noções e maniqueísmos.
Sem o ataque contra o oponente, quem irá informar o eleitor sobre fatos desabonadores dos contendores? Obviamente, não significa que a propaganda negativa seja um expediente de uso ilimitado. Há que se considerar os usos éticos dessa ferramenta. Nessa perspectiva, como fazer uso desse expediente? Costuma- se dizer popularmente que a diferença entre o veneno e o remédio está na dosagem. Então, com qual intensidade deve-se recorrer à campanha negativa? Qual o melhor meio? Qual o melhor momento? Quais são os alvos prioritários? Esta obra pretende responder a essas e outras indagações. Boa leitura.