Feminicídio, uma triste realidade. Vítimas de violência doméstica rompem o padrão de silêncio na nossa sociedade em um livro urgente e chocante.
Só em 2017, 4.936 mulheres foram mortas no Brasil, o maior número registrado desde 2007. Foram cerca de treze assassinatos de mulheres por dia, segundo o Atlas da Violência publicado em 2019. E 88% das vítimas de feminicídio são mortas pelos companheiros ou ex-companheiros.
Resultado de uma pesquisa que durou mais de quatro anos, Elas em Legítima Defesa: Elas sobreviveram para contar é uma jornada de empatia e compreensão que dá voz às mulheres vítimas de violência obrigadas a matar seus companheiros em legítima defesa. O livro acompanha as histórias reais de Nice, Soraia, Deise, Doralice, Emília e Úrsula, mulheres envolvidas em relacionamentos abusivos e capturadas no horror da violência doméstica — situações dramáticas que atingem milhões de mulheres no Brasil todos os dias.
A obra apresenta histórias inéditas, novos dados, ilustrações da artista Juliana Russo, frames do documentário, além de estatísticas recentes e o aprofundamento de um tema — infelizmente — mais atual do que nunca. Em 2019, uma pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Datafolha, relatou que no ano anterior 536 mulheres foram vítimas de agressão física por hora no Brasil. São 4,7 milhões de mulheres condenadas à violência doméstica, que proporciona memórias atrozes, origem de muito traumas, que, por sua vez, se convertem em silêncio. Elas Legítima Defesa: Elas sobreviveram para contar rompe esse padrão de silêncio na nossa sociedade e resgata a voz e a dignidade de mulheres que vivenciaram o verdadeiro horror — sobreviveram para contar.