Como o título evidencia, ela, Thaís tudo é sexo é um romance com forte apelo erótico dentro de relacionamentos cheios de amor e paixão. Isabel Allende diz que o ponto G da mulher não é um, são dois, um em cada lado da cabeça, os ouvidos. A autora entendeu a leitura como uma conversa silenciosa ao pé do ouvido, nisso esse romance aflora a libido, descortinando cenas íntimas numa linguagem sem subterfúgios, o que causará emoções diversas e uma interatividade capaz de despertar sensações e incendiar relacionamentos. Envolto em uma atmosfera carioca, o romance tem o foco principal na personagem Thaís, e para entender melhor a personagem, a enredo retroage aos anos 70 e 80, protagonizando o pai da Thaís, Marcus, na primeira parte do romance. Na safadeza que todo o carioca traz na alma de quem vive à beira-mar, a história se passa na cidade do Rio de Janeiro, no tempo das famosas boates Le Bateau (anos 70) e Hippopotamus (anos 80 e 90) época em que todos andavam pelas ruas sem preocupação, não existiam grades nos prédios, nem tampouco carros blindados, o comportamento do carioca era livre, leve e solto. Assim a autora caminha até chegar nos dias atuais, onde todo envolvimento requer atenção, mostrando que os tempos mudaram.