A adição de materiais inertes, juntamente às misturas de carvões de coqueificação, é uma prática utilizada há alguns anos em usinas siderúrgicas. Sua utilização se baseia em adequar a qualidade das misturas, de forma que o coque produzido apresente as qualidades necessárias para utilização nos altos-fornos. O emprego de materiais inertes é uma possibilidade de melhorar a relação carvão/coque e consumir subprodutos carbonosos da cadeia siderúrgica ou mesmo de outros setores de produção.
O coque verde de petróleo (CVP) nacional se destaca como um dos materiais inertes com maior potencial de utilização na produção do coque. Diferentemente do adquirido por importação, o material nacional apresenta como características principais o baixo teor de enxofre e de cinza, além, é claro, do elevado conteúdo de carbono.
Apesar de existirem literaturas técnicas associando a utilização do CVP à melhoria da qualidade metalúrgica do coque, pouco se conhece sobre o seu comportamento em relação à formação da microtextura. O conhecimento da sua influência nas propriedades microestruturais do coque é essencial para que se possa compreender o efeito do CVP no coque e controlar os níveis de adição às misturas de carvões, de forma que se obtenha a qualidade necessária para utilização nos altos-fornos.