A discussão contemporânea a respeito da sexualidade na escola tem sido exercida, em particular, por dois pontos de vista: uma visão higienista, que reduz o corpo aos conceitos de assepsia, controle e prevenção, incumbindo essa função ao professor de Ciências ou Biologia, enquanto os educadores das demais áreas do conhecimento esquivam-se de quaisquer responsabilidades no que diz respeito à educação sexual dos alunos, ainda que essa, subliminarmente, se realize por apreciações, análises e até por omissões em forma de silêncios quando colocações consideradas sexualizadas ocorrem ou preconceitos se manifestam em brincadeiras e em outras exteriorizações. A temática em questão é complexa e o educador geralmente demonstra dificuldade em abordar as questões relacionadas a ela. Não se deve exigir que o educador saiba tudo sobre a temática, mas é essencial que esteja aberto a estudos e a refletir junto aos seus educandos. O tema da sexualidade gera sempre muita polêmica. Discussões realizadas por profissionais da educação e saúde colocam em pauta a necessidade de se homogeneizar a terminologia que designa os trabalhos da área: orientação, educação, informação sexual e outros.