Ao completar os cem anos de existência em 12 de agosto de 1959, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil criou o Seminário Teológico Presbiteriano do Centenário – SPC, para atender a região de Minas e Espírito Santo, que precisava de ser evangelizada e ensinada. O SPC se instalou definitivamente em Vitória, ES.
A IPB, na década de 1960, viveu momentos de crescimento e celebração, mas também de influências externas de ideologias liberais e comunismo. No SPC, alunos e professores mancomunados cumpriam deveres de ensino e aprendizagem tendo como espinho dorsal da vida cristã as Sagradas Escrituras e uma Teologia Reformada que eram transmitidas às igrejas locais.
O problema era que na sociedade brasileira se proliferavam motins de tendência esquerdista, fato que não agradava aos militares, consumando-se na ditadura militar que se iniciou em 31 de março de 1964. Isso debilitou também a estabilidade da liderança do SPC. Esse controle se estendeu até 1985 com o intuito de bloquear a tendência comunista. Nesse contexto, a IPB, ao supervisionar o programa de ensino do SPC, suspendeu suas atividades acadêmicas para evitar a proliferação de ideologias liberais e progressistas.
A situação do SPC é uma necessidade de arqueologia do saber pedagógico e teológico, e que se tenta explorar a riqueza da memória disponível na sua história e na consciência de seus detentores para crescer e aplicar na vida cotidiana de pesquisadores e estudiosos da geração atual.