Na obra Ecosofia das marcas: as três ecologias na publicidade verde, o ser humano é observado a partir de uma perspectiva transversal entre sociedade e natureza, na qual a integração das três ecologias, em seus registros social, mental e ambiental, apresenta-se sob a lógica de um rizoma, por meio da atuação de um capitalismo conexionista, que configura e influencia a produção das subjetividades. Apresenta-se, nesse sentido, uma teia de dimensões ecológicas, cujo produto que se identifica é o homem pós-moderno marcado pela pluralidade e pela fluidez constantes. Um sujeito que, em eterna construção e desconstrução, busca desesperadamente ser aceito em uma sociedade que prioriza o "ter" em detrimento do "ser", transformando até mesmo o que não era "produtilizável" em uma mercadoria pronta para o consumo. Nesse contexto, a natureza é transformada em produto e publicizada como uma marca/grife ontológica, nas redes do mercado, produzindo a ideia de um modo de ser "verde" (ecologicamente correto), como um novo kit de subjetividade/identidade prêt-à-porter singular, segundo uma perspectiva psicossocial.