Esse organismo suspeito de crimes contra a humanidade oculta no poeta, que desce rasgando a garganta ao ler, com o intuito de proporcionar um contato íntimo, sutil e ácido nessa psicologia selvagem por trás da condição humana, frágil, insustentável, transitória e decadente. Ecos do silêncio propõe um passeio surreal pela mente, pelos subterfúgios da existência, esquemas e estruturas circundantes da miséria, da incerteza; propagando-se pela irrealidade implacável das percepções, arquitetada em codificações linguísticas e incógnitas . O silêncio se apresenta como vírus mutante, após sair da inércia do não dizer; propaga-se em gritos afônicos e se prolifera.