Em Economia da confiança: comunicação, tecnologia e vinculação social, o autor analisa um fenômeno contemporâneo que tem recebido diversas denominações: nova economia, economia do compartilhamento ou colaborativa, consumo colaborativo, wikinomia, entre outras.
O livro convida-nos a sair das dicotomias que, não raro, induzem-nos a pensar os fatos como puramente bons ou ruins, quando, na verdade, são construídos, mutáveis e heterogêneos. Isso se revela na obra ao problematizar a economia da confiança para além de uma mera repaginação do capitalismo ou de uma simples estratégia de sustentabilidade, percebendo que essas duas funções podem caminhar juntas.
A economia da confiança não é uma teoria econômica, mas um processo de vinculação social que nos mostra como a noção de economia pode estar próxima da compreensão de comunicação, ao refletir sobre as formas de produzir e consumir bens e serviços por meio das práticas de colaboração e de compartilhamento.
A obra é um relato otimista, mas ao mesmo tempo crítico, sobre as mudanças na constituição e na regulação dos laços sociais e de nossos modos de vida na atualidade.