Esta literatura expõe, a partir do pensamento de Joseph Ratzinger/Bento XVI, a relação entre a Eucaristia e a Igreja, com o intuito de mergulhar na totalidade e unidade da produção teológica deste autor. Verifica-se, nessa relação, que a Eucaristia edifica a Igreja e que a celebração da Ceia na comunidade eclesial é o elemento nuclear deste mistério. A eclesiologia, compreendida a partir de sua relação com a Eucaristia, foi um referencial ímpar no entendimento de J. Ratzinger. Para ele, a Igreja pode ser definida como o povo que vive do Corpo de Cristo e que, na Eucaristia, se torna ela mesma Corpo de Cristo. A Igreja é, fundamentalmente, communio sanctotum, no duplo sentido de comunhão dos bens da salvação (sancta) e comunhão daqueles que recebem esse bem (sancti). Desse modo, a exposição analítica da produção de J. Ratzinger conduz à junção das teses – synthesis – influenciadas sobretudo nas aplicações das decisões do Concílio Vaticano II, como também de grandes pensadores como De Lubac, Congar, Tillard, Forte, Kasper, Zizioulas, grandes fautores de uma eclesiologia eucarística ou de comunhão.