Na noite em que os sinos anunciaram o novo ano, três crianças cruzaram um limite invisível. Freya, Mateo e Adrien não sabiam que aquelas fendas brilhantes no chão escondiam mais do que luz. Eram feridas abertas no véu entre o mundo desperto e o dos sonhos — um reino que já foi abrigo de imaginação, mas que agora se desfaz em silêncio, corrompido por sombras antigas e medos esquecidos. Arrastados para realidades distorcidas de seus próprios desejos e traumas, os três serão forçados a enfrentar verdades que jamais ousaram encarar. Seus Daydreams — fragmentos vivos de tudo o que sonharam ser — talvez sejam sua única chance de resistir. Mas, quando até os sonhos podem ser corrompidos, o que resta? Neste primeiro capítulo de uma jornada que mergulha entre devaneios e pesadelos, a esperança se esconde, a solidão sussurra e o tempo parece observar, paciente. Nem tudo que é sonhado se realiza. Nem tudo que é esquecido deixa de existir.