A performance para rua é criada através de camadas sobrepostas que incorporam a cidade e seus habitantes, a arquitetura, o cenário revelado, trilha sonora, diferentes elementos, objetos, equipamentos e os corpos dos performers, isso resulta numa experiência onírica. As intervenções cênicas urbanas Sombras na arquitetura são formadas pela mesma matéria dos sonhos. Por isso não-narrativa, um quase cinema, nem isso e nem aquilo. Coisa efêmera que transforma o ambiente/espaço urbano, mas desaparece quando as luzes dos refletores se apagam. O público que vivenciou a ação acorda para a realidade, retorna para sua jornada cotidiana com aquelas imagens/sombras na memória, com aquela experiência
para contar e tentar desvendar o significado daquele sonho que vivenciou na cidade junto com os outros moradores que passavam naquele exato momento naquela rua.