Joel era um profeta, e sabia que o que estava sendo prometido é que incontável número de pessoas se tornaria como ele era. Sentiria o que ele sentia. Perceberia a eternidade com os olhos de um profeta. Esse sonho era aos seus olhos quase uma fantasia. Essa profecia sobre sonhos era na verdade, talvez, o maior sonho que um profeta, gostaria de viver. Uma nação de profetas. Nada era mais solitário que a vida de um profeta. Apanhar pela manhã, ser escurraçado de tarde, tido como louco ao anoitecer. Ora se escondendo em cavernas, ora jogado no calabouço. Uma profissão ingrata. Jesus fala dos túmulos ornamentados da maioria de seus profetas. E fala com muita indignação. Nenhum profeta deixou descendência. Não ouvimos falar dos filhos de Samuel, ou de Ezequiel ou de Daniel. Não havia na época de Jesus ninguém que descendesse de Joel, ou de Zacarias, ou de Habacuque. Jamais ouviremos falar da descendência de Isaías.