Este livro procura mostrar como se deu o processo denominado "recatolização", termo dado ao processo de restauração da Igreja Católica no Brasil, na primeira metade do século XX, que promove a sua reestruturação. Recatolização é o termo usado nesta obra para conceituar o fenômeno em que os católicos praticantes do chamado "catolicismo popular" são chamados a praticar o "catolicismo romanizado", o qual buscava o retorno ao conservadorismo tradicional tridentino e, com isso, promover o fortalecimento dos dogmas católicos contra as práticas do "catolicismo popular" e investidas doutrinárias das demais denominações religiosas. O enfoque do livro se deu na atuação do primeiro Bispo de Lages, Dom Daniel Hostin, no processo de recatolização, entre os anos 1930 a 1960, na região da Diocese de Lages - SC. Dom Daniel implementou leis e práticas religiosas aumentando e incentivando, sobretudo, as devoções à eucaristia, o nacionalismo, a hierarquia católica e o amor e obediência ao Papa. Focaliza-se neste livro a relação Igreja e Estado, principalmente no período imperial e as relações de poder entre o clero e as elites locais da mesorregião oeste catarinense e planalto serrano, a relação da hierarquia eclesiástica com os fiéis leigos.