A relação entre as artes vem se estreitando na contemporaneidade. Este livro investiga uma conexão, em especial, entre cinema, documentário e instalação, passando pelo vídeo, pela videoarte e pela interlocução entre imagem e movimento e o campo das artes. Para se criar essa conexão, são retomadas as linhas que colocam o vídeo como um importante meio de passagem do cinema para as artes, através de pesquisadores como Raymond Bellour, Anne-Marie Duguet, Phillipe Dubois e André Parente, mas também através da história dos três artistas que guiam a pesquisa. Dentro dessa conexão, destaca-se o elemento documentário como presente no trânsito entre cinema e artes desde seus primórdios, mesmo que essa presença tenha sido ocultada da sua história por alguns de seus realizadores e pensadores. A reinvenção do espaço artístico é evocada a partir de Hélio Oiticica e de conceitos que atravessam a instalação e videoinstalação como a conhecemos hoje. Os trabalhos de Guimarães, Santos e Bambozzi contribuem para a ligação desses campos, para se pensar em tempo e espaço nas instalações, e também para a abertura a novos campos. Através de questões pertinentes ao momento atual mundial, em função da pandemia do Coronavírus, e de outras questões que vêm desde antes, convoca-se o leitor e os artistas para se pensar no espaço imagético possível das produções de cinema em 360º.