Flora é uma mãe dedicada e amorosa. Leva uma vida simples com o marido, Juca, e sua maior alegria é inventar histórias e contá-las ao filho, Zezinho, antes de fazê-lo dormir. Para ele, aquelas horas são as melhores do seu dia; das histórias contadas pela mãe, o menino recria um mundo imaginário só seu. Para a criativa mãe e para o filho cheio de imaginação, os contos são muito mais que fantasia: em certos momentos, a ficção se confunde com a própria realidade. No entanto, Zezinho tem um relacionamento difícil com o pai, Juca, e fica tenso só de pensar nas tardes de caçada junto com o pai, na floresta. O menino não entende como pode ser certo caçar e comer os animais, ainda mais quando se lembra das histórias da mãe, nas quais os bichinhos têm casa, amigos e família. Em uma dessas tardes, Zezinho, assustado, foge do pai para proteger uma nova amiga, mas o que será dele agora, sozinho na floresta, longe de casa e de sua mãe? Enquanto isso, perto do Lago, a patinha Lili vive com as irmãs, Lilá e Lulu, e sua mãe, Dona Pata. A preocupada mãe sempre recomenda às filhas que não se aproximem Do Outro Lado do Lago, um lugar cheio de mistérios e temido por todos os animais da floresta. Lá, segundo a mãe, é o lar de caçadores temíveis e perigos inimagináveis. Porém, distraída e curiosa que é, em uma tarde de brincadeira, Lili se perde das irmãs e as piores preocupações de Dona Pata se tornam realidade: Lili vai parar Do Outro Lado do Lago. O que será de Lili agora, longe de casa, de sua mãe e de seu habitat natural? O que Zezinho e Lili não sabem é que seus mundos não estão tão distantes assim e seus caminhos vão se encontrar da maneira que menos esperavam. Juntos, o menino e a pequena patinha vão descobrir a aventura, o respeito à natureza e, principalmente, a amizade. Em Do Outro Lado do Lago, as histórias podem se tornar reais: basta usar a imaginação.