Embora as origens e interpretações do dízimo possam variar de acordo com opiniões e tradições específicas, sua presença é constante em muitas religiões, desempenhando papéis multifacetados, que vão desde o sustento das instituições religiosas até o financiamento de obras de caridade, assistência social, e, em alguns casos, o enriquecimento ilícito de falsos pastores. Exploraremos o significado e a importância do dízimo em diversas tradições religiosas, bem como suas implicações sociais, econômicas e espirituais. O dízimo é um conceito profundamente arraigado em várias tradições religiosas ao redor do mundo, representando um compromisso financeiro e espiritual por parte dos fiéis. Em sua essência, o dízimo é uma prática de doação regular de uma porção dos ganhos de uma pessoa para sua comunidade religiosa ou para causas sagradas. Na visão bíblica, o dízimo é uma prática que tem suas raízes no Antigo Testamento e é mencionada em várias passagens. O termo dízimo deriva da palavra hebraica ma aser , que significa décima parte . O dízimo é frequentemente associado à prática de separar a décima parte dos ganhos ou dos recursos para dedicá-los a Deus. No Antigo Testamento, vemos exemplos de pessoas que ofereciam o dízimo de sua colheita, rebanhos ou outros bens como um ato de gratidão a Deus e como um meio de apoio ao sacerdócio e às necessidades da comunidade. Embora Jesus tenha mencionado o dízimo em alguns contextos, ele o fez principalmente em um contexto de crítica aos fariseus e líderes religiosos da época. Por exemplo, em Mateus 23:23, Jesus repreende os fariseus por serem rigorosos no pagamento do dízimo, mas negligenciarem os preceitos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade . Essa passagem sugere que Jesus valorizava mais a prática da justiça e da misericórdia do que o cumprimento específico das obrigações de pagar o dízimo. A validade do dízimo atualmente é uma questão que pode gerar diferentes perspectivas e interpretações, dependendo das crenças religiosas e das convicções individuais. Algumas tradições religiosas ensinam que o dízimo é uma prática válida e obrigatória para os fiéis hoje, baseando-se em interpretações específicas de passagens bíblicas do Antigo Testamento que ordenam o dízimo. Para essas denominações, o dízimo é visto como uma expressão de fé, obediência e confiança em Deus, bem como uma forma de sustentar as atividades da igreja e ajudar os necessitados. Observamos que grande parte das instituições religiosas tem usado parte desse volumoso dinheiro para fins nada eclesiásticos. Se o dízimo tem o objetivo de financiar o trabalho dito como sagrado, ele também tem financiado o enriquecimento ilícito de muitos pastores e até a manutenção de empresas com fins lucrativos. Não estamos aqui para generalizar nosso discurso, pois seria leviano de nossa parte. No entanto, iremos provar que a prática do dízimo é arcaica e leviana e, na maioria das vezes, serve apenas para enriquecer famílias e financiar grandes projetos de poder. Você deve estar pensando: Então, como sustentar os templos? Acredite, iremos propor soluções que, embora não sejam convencionais, mostram que é possível desenvolver um trabalho saudável sem essa prática. Nessa pequena jornada, queremos entender com clareza o que de fato foi o dízimo, como ele é interpretado na maioria das instituições religiosas da corrente cristã protestante e, principalmente, esclarecer se a prática do dízimo é válida nos dias de hoje. Esse assunto é complexo e exigiu uma pesquisa intensa e minuciosa; porém, não iremos trazer textos em hebraico e muito menos em grego. Queremos propor uma leitura simples e de fácil entendimento. Creio que nossa provocação pode despertar você para buscar confirmação fora do nosso livro, e isso é necessário. Boa leitura!