Em um mundo onde as máscaras são mais valorizadas que os rostos e os algoritmos ditam quem merece ser visto, DIVÃ é um mergulho cru e poético nas feridas abertas da psique moderna. Dr. Édipo, narrador e observador implacável, conduz o leitor por um labirinto de crônicas que desmontam as ilusões que sustentamos para sobreviver: do culto à GirlBoss à tirania da juventude eterna, da solidão disfarçada de hiperconexão ao vazio glorificado como autocuidado . Com uma prosa que mistura filosofia, psicanalise e poesia, o livro evoca pensadores como Freud, Jung e Nietzsche para questionar: O que resta de humano quando desmontamos as ficções que nos mantêm sãos ? Cada capítulo é um espelho quebrado — alguns fragmentos mostram a farsa da produtividade tóxica; outros, o peso de carregarmos sombras que negamos até em segredo. Há críticas ácidas à sociedade do espetáculo, reflexões sobre amor líquido e uma investigação perturbadora do preço de sermos livres em um mundo que vende grades como portas. DIVÃ não é um manual de respostas. É um convite para sentar no sofá das próprias contradições e ouvir o eco dos monstros que habitam seus porões internos. Para quem tem coragem de perguntar: Se o abismo sou eu, por que continuo fugindo? Ideal para leitores de Clarice Lispector, Byung-Chul Han e Dostoiévski — uma obra que desafia a sanidade para encontrar, no caos, a única verdade que importa: ser humano é um verbo em crise permanente.