O livro Ditadura Civil-Militar Empresarial é Justiça de Transição em Goiás é resultado de um esforço coletivo e conjunto de um grupo de pesquisadores e pesquisadoras que nos últimos anos tem se debruçado para estudar o direito à memória, à verdade é a justiça sobre as violações direitos humanos ocorridas no período ditatorial em território goiano.
A retomada da democracia brasileira foi conquistada com muita luta, enfrentamento e sangue. Inúmeros brasileiros e brasileiras sofreram torturas, tiveram direitos políticos suspensos, foram exilados, foram mortos e alguns ainda hoje são desaparecidos.
Para além das violações enquanto seres humanos quando vivos, as suas lembranças ainda são duramente atacadas, afinal, será que esses crimes realmente aconteceram? Estavam fazendo algo errado para que fossem torturados! Eram comunistas e terroristas! Tais questionamentos e afirmações pontuam um revisionismo e um negacionismo sobre o período ditatorial, utilizando enquanto tática o esquecimento e a dúvida.
Mas a violência não foi somente individual, a prática autoritária questionou e fragilizou a sociedade brasileira como um todo. Um projeto de país e de reformas foi suspenso e interrompido. O que seria do Brasil sem o avanço autoritário? O que as nossas instituições carregam desse período? É necessário pensarmos sobre os impactos desse tempo histórico no presente!
Trecho da apresentação de
Geraldo Miranda Pinto Neto
Organizador