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Sinopse

O mundo passa por um período pandêmico, que exige de todos a reinvenção do “modus operandi” acadêmico: aulas remotas, comunicação virtual, encontros à distância por meio de recursos da internet e reelaboração do material de leitura e estudos. 
Além disso, e apesar disso, ainda há outras frentes de luta contra movimentos explicitamente antidemocráticos, negacionistas e perversos. Em muitos lugares do mundo se verificam grupos sabidamente neofascistas, autoritários. No Brasil, tais grupos atentam diuturnamente contra os valores democráticos e constitucionais. 
Por isso mesmo, resolvemos rever, reler, corrigir, readequar e reorganizar muitos textos já publicados anteriormente, mas com outra face e objetivo, assim como com outro corpo. Preferimos dar aos mesmos não mais um conteúdo programático para atender simplesmente aos currículos de Cursos Jurídicos, mas um trabalho orgânico, abrangente, interdisciplinar, com o expresso objetivo de provocar reflexões em tempos de antidemocracia pandêmica.
Assim, conscientes do nosso papel de provocadores de reflexões e promotores dos saberes solidários construídos na Academia, apresentamos aos estudiosos o nosso DIREITO, MITO E SOCIEDADE, certos de que, apesar do distanciamento social a todos imposto para conter a pandemia, não perdemos a capacidade de reinvenção, de recriação e atuação crítica em (e para) um mundo mais esclarecido na pluralidade e diversidade.
Abril de 2021
Pietro Nardella-Dellova



O nosso DIREITO, MITO E SOCIEDADE reúne textos de vários Doutores e Pesquisadores das Ciências Jurídicas e Sociais, e está estruturado em três partes. A primeira trata dos fundamentos da Antropologia e da Sociologia, suas fontes e objetos de estudo, incluindo nesse contexto um debate sobre culturas, bem como da origem das sociedades gerais. 
A segunda parte trata do fenômeno religioso e mítico, sendo esse um dos mais importantes objetos de estudos contemporâneos (sobretudo em face de um brutal ataque de radicais religiosos nas funções executivas, judiciárias e legislativas do Estado laico). Nesse ambiente, tratamos de fenômenos que pretendem ex-plicar a sociedade atual, como, por exemplo, o sistema sacrificial e de vingança. De outra parte, trata da religião como um fenômeno comum a todo e qualquer ser humano. 
A terceira parte concentra-se no espaço da socioantropologia. Entre os vários aspectos ali tratados, encontram-se a consolidação da Antropologia Jurídica como disciplina, o sentido do justo, o senso de justiça 
e as estruturas do positivismo e do pluralismo jurídicos para, finalmente, trazer notas sobre cultura e crítica contemporânea. 
Os Organizadores"