Em 1963, Sergio Faraco, então jovem membro do Partido Comunista Brasileiro, viajou a Moscou para estudar. Acabou se indispondo com o autoritarismo e foi preso em isolamento no Hospital do Kremlin (espécie de "gulag" urbano), para ser "reeducado". Retornou em 1965 a um Brasil onde ocorrera um golpe e se iniciara a ditadura militar – que, é claro, não deixaria impune um jovem militante recém-chegado do berço do comunismo. Esta importante obra documental rememora os anos de horror de 1964 a 1985 no Brasil, em que todas as garantias e liberdades individuais estavam suspensas e no qual mesmo uma delação sem fundamento podia significar o caminho até a tortura e a morte.