Ao transcrever certos fatos para este meu livro autobiográfico, eu sabia que teria de falar sobre assuntos e pessoas que passaram pela minha vida e que não me deixaram nenhuma saudade: meus irmãos; minha irmã; meu cunhado, Gilson (líder do tráfico de drogas); alguns colegas de trabalho; e principalmente de policiais bandidos que conheci. Falar sobre as cidades onde vivi e aprendi a sobreviver é gratificante: Rio de Janeiro; Belo Horizonte; Divinópolis, em Minas Gerais; Foz do Iguaçu, no Paraná; e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dias depois de eu ter entrado no Exército, em 1982, minha mãe veio a falecer. Quando dei baixa no quartel, pensei que o pior momento da minha vida tinha acabado. Doce ilusão de um jovem carioca de 29 anos; o pior, o meu calvário, estava só começando.
Neste meu primeiro livro, "Diário de um Carioca", eu, Edmilson Pereira (Edmilson Carioca), escrevo sobre fatos reais (verídicos) que aconteceram comigo entre os anos 1982 e 2016, e os motivos pelos quais nunca retornei para a minha cidade natal, o Rio de Janeiro.