O romance 'Diamantes no sertão garimpeiro' conta a história de Severiano, "estátua viva de coragem" que atravessa a imensidão dos planaltos, o sertão, a vida do garimpo para nos mostrar que a busca do personagem por sobrevivência também é um encontro de si, um renascimento. Muito mais do que destinos selados, a narrativa de Rogério Reis Devisate "expõe a toca ocultada pela rama verdejante" e nos mostra como perduram os "corpos de pele ressequida, enrugada como a casca dos troncos retorcidos dos arbustos e árvores daquele sertão impiedoso." Além disso, o livro nos brinda com diferentes matizes, tanto do sertão quanto do garimpo, em um emaranhado de histórias contadas por personagens como um "Velho Chico, o rio que hipnotiza, que cativa, que lava as almas, que dá comida, que liga por navegáveis trechos imensidões do Brasil e, generoso, acolhe os que lhe chegam, como se lhes desse um abraço". Acima de tudo, 'Diamantes no sertão garimpeiro' é um livro sobre "se reencontrar e partir antes de se quebrar em pedaços e chegar o seu fim" – sobre passar pelas dores das almas e pelas inconstâncias da vida nômade e, mesmo assim, persistir e resistir.