No dia 6 de junho de 1944, a expressão "Dia D", que já era conhecida no meio militar, ganhou um novo significado que ficou para a história como a maior e mais ambiciosa batalha da Segunda Grande Guerra, a Operação Overlord. Marco esta operação como o maior episódio boçal bélico produzido pelo homem, onde sem o uso de armas químicas, biológicas ou atômicas fora produzida a estimativa de 10.000 baixas aliadas e 9.000 alemães, só no "Dia D".
Quase 175.000 soldados aliados haviam entrado em cinco praias da Normandia denominadas: GOLD, JUNO, OMAHA, SWORD e UTAH, inaugurando assim a fase conclusiva da guerra e iniciando uma segunda frente ofensiva em busca da libertação da Europa, já tomada em parte pela Alemanha Nazista de Hitler. Para a Operação Overlord, fora elaborada uma Grande Aliança, também chamada de Estranha Aliança pelas diferenças e desconfianças que marcavam as três nações aliadas: EUA, Inglaterra, Canadá mais a URSS. Esta Estranha Aliança caracteriza o "Dia D" como o único marco na história que pode reunir, ainda que temporariamente, capitalismo e comunismo em uma mesma operação militar: assim estava projetada a ofensiva contra Hitler.
Por sua vez, "DIA D: RELATOS, IMAGENS E A IMPRENSA PANFLETÁRIA", mostra através desses três elementos as características do que chamamos, "poderio boçal bélico", não por sua sedutora batalha aos olhos de um pesquisador, mas por demonstrar em apenas um dia, sem bombas de destruição em massa, a coragem de jovens soldados de ambos os lados, pessoas comuns e civis revolucionários que defendiam ideologias oligárquicas, seja a da "fúria de uma democracia provocada", de um "totalitarismo desenfreado" ou até mesmo sua própria liberdade, como no caso da Resistência Francesa, eram jovens nascidos na falsa prosperidade dos anos 20 e que cresceram na conturbada década de 30, o fato é que eles lutaram, eram personagens do "Dia D".