Um caminho começa com um pequeno passo, não, não só um, vários passos, todos juntos, todos andando juntos. Assim eu vejo a educação, todos juntos, pés, talvez descalços, na areia do parque, tomara que o diretor não veja, senão ele vai brigar, por quê? Sei lá, talvez ele não tenha tido infância, esse momento mágico entre o dormir e o acordar, esse momento em que todos os sonhos são possíveis, que conseguimos transformar tudo, fazer tudo, podemos tudo, podemos? Podemos! Sim, podemos! Este é um simples e singelo livro sobre um pequeno trecho de minha trajetória educacional. Nessas linhas descrevi um pouco da magia que foi ser professora nessa EMEI e descrevi como plantar e colher cenouras, lembram, meninas, das cenouras? Vocês levaram para o coelho. E como fazer bolo de micro-ondas ou gelatina nas letras móveis, não ficou muito bom não, alguém colocou pó de gelatina demais (risos). Ou então aquele momento inesquecível daquela história especial. Nem todas as histórias especiais podem caber em um único livro, também, foram tantas, inúmeras, incontáveis histórias. Acredito que uma das que mais me marcou, que utilizei inúmeras vezes por ser uma das minhas preferidas, é sem dúvida a do O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry: "Ele me deixou, antes de partir ordenou a um carneirinho que consertasse meu avião e deixou no manche um bilhete escrito com desenhos que foi fácil de entender, que dizia assim: 'Uma jiboia com muitos espinhos, um carneirinho com muitos baobás e um coração'. Ah! O meu coração! Mas está vazio?" Olhe sempre com o coração. Coração não se engana.