Em 1867, Teófilo Braga comparou a edição de seu livro a uma garrafa jogada ao mar, com o objetivo de marcar e difundir a existência do povo português. Quase 150 anos depois, Ana Carolina Carvalho a recolhe, junto com outros contos de Adolfo Coelho, e lança sua garrafa, uma antologia de antigas histórias populares. Com esta garrafa em mãos, faz-se possível uma viagem para o além-mar, pelos caminhos da literatura oral e escrita, pela história e cultura dos nossos antepassados – que conduzem à língua portuguesa,nossa língua-mãe, e a nós mesmos. O João Grilo, a Linda Branca, a Raposa, o Pedro Malas-Artes, o João Pequenito e até a Comadre Morte aparecem nestas histórias, que cruzaram o oceano e os séculos só para o leitor brasileiro descobrir um pouco mais sobre si mesmo e sua cultura, na voz dos antepassados.