Imagine-se à beira de um rio caudaloso. As águas correm incessantemente, moldando a paisagem, levando consigo folhas secas e trazendo novas correntes. A cada instante, o rio se transforma, impulsionado por forças invisíveis e mutáveis. Assim também se apresenta o mundo em que habitamos. A mudança é a sua assinatura indelével, a constante que paradoxalmente define a nossa experiência. Desde os avanços tecnológicos que reconfiguram a nossa comunicação e o nosso trabalho em um piscar de olhos, até as ondas culturais que remodelam valores e tradições com velocidade vertiginosa, somos constantemente confrontados com a natureza transitória de tudo ao nosso redor. Relacionamentos florescem e se desfazem, certezas de ontem se tornam questionamentos de hoje, e o futuro se apresenta como uma tela em branco, ora promissora, ora inquietante. A própria estrutura da nossa sociedade parece dançar em um ritmo frenético de evolução e transformação. Nesse cenário de fluxo perpétuo, onde a areia do tempo escorre entre os dedos, o coração humano invariavelmente anseia por algo sólido, por um ponto de referência inabalável. Buscamos segurança em relacionamentos, em conquistas materiais, em ideologias passageiras, apenas para, muitas vezes, nos depararmos com a fragilidade inerente a essas âncoras temporais. A incerteza paira como uma sombra, alimentando a busca por algo que perdure, por uma verdade que resista à erosão do tempo. O mundo muda, mas Deus é imutável! Ontem , hoje e para sempre.