Destronando o Rei tem entre os principais protagonistas o mesmo trio de empresários brasileiros cuja trajetória foi contada no livro Sonho Grande (2013), que formaram, a partir da Cervejaria Brahma, o maior grupo internacional fabricante de cervejas; a AB-InBev.
No final de 2008, bancos, advogados e um reduzido grupo de executivos da InBev trabalhavam em sigilo absoluto no plano de compra que transformaria a empresa resultante da combinação entre InBev e AB (Anheuser-Busch) em uma das quatro maiores empresas de consumo do mundo, atrás dos colossos Procter & Gamble, Coca-Cola e Nestlé.
A compra de um símbolo do capitalismo americano não seria apenas o maior negócio já fechado pelos brasileiros à frente da InBev, como transformaria de forma incontestável Carlos Brito, Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Beto Sicupira nos empresários brasileiros com maior alcance global.
Tudo parecia estar sob controle até que o segredo vazou para o mundo no dia 23 de maio, quando o blog Alphaville, do jornal inglês Financial Times, publicou na internet a informação de que a InBev preparava uma oferta de 46 bilhões de dólares pela centenária companhia americana. A aquisição foi concluída por 52 bilhões de dólares, o maior valor pago por uma empresa de consumo até então.
O Rei mencionado no título é o rei das cervejas, o grupo Anheuser-Busch, dono da cervejaria mais poderosa da América, o fabricante da Budweiser. Este livro conta a história da operação de aquisição comandada pelo o grupo de brasileiros à frente da InBev, a cervejaria belgo-brasileira.
Um timing perfeito e uma série de eventos inesperados, incluindo a ajuda de membros da família que comandou o negócio por mais de um século, compõe o pano de fundo de uma sensacional história recém-acontecida no mundo dos negócios internacionais.
Julie MacIntosh, premiada jornalista que cobriu o takeover para o jornal Financial Times – que publicou o “furo” da notícia -, investigou e nos apresenta todos os detalhes do drama que se abateu sobre a Anheuser-Busch em 2008, mas foi em parte ofuscado pela enorme crise financeira norte-americana que afetou toda a economia global, perdendo apenas para a Grande Depressão.
Hoje, depois que a ‘poeira baixou’, muitos se têm questionado sobre como o “Rei das Cervejas” foi tão facilmente tomado por uma corporação estrangeira e até que ponto a queda da empresa espelha uma mudança na ordem que regulava o poderio econômico dos Estados Unidos e de suas grandes empresas."