As relações estabelecidas entre a natureza e as diversas formas de organização social podem situar a questão ambiental a partir dos primeiros núcleos de atividade humana. Contudo as dimensões adquiridas pelos impactos ambientais desde o pós-guerra inseriram o debate ambientalista no contexto de ruptura do paradigma da Modernidade. O livro Desenvolvimento sustentável e geografia brasileira investiga os principais eixos teórico-conceituais associados ao desenvolvimento sustentável e analisa como os geógrafos no Brasil estabelecem referências a esses mesmos eixos conforme os ramos – físico, humano e/ou instrumental – em que atuam. Discorre-se também sobre a polissemia envolvendo os termos "desenvolvimento" e "sustentabilidade" ao se resgatar suas origens históricas, semânticas e etimológicas. Finalmente, aborda-se a dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana, apontando seus desafios e tecendo considerações no tocante ao estudo da sociedade e da natureza desenvolvido por essa ciência.