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"descobrimento" Do Brasil: Planejado Ou Casual?

Sinopse

Este trabalho visa à resposta da questão relacionada ao Descobrimento" do Brasil; trazendo o seguinte: Planejado ou Casual? Faremos algumas referências à formação de Portugal enquanto nação marítimo- mercantil; contaremos, de maneira concisa, as aventuras portuguesas no devassamento do Oceano Atlântico (o Mar Tenebroso); observaremos também a questão gramatical : "Descobrimento", escrito com aspas; ou Descobrimento, sem aspas. Relembraremos a façanha de Cristóvão Colombo, que em 1492: surpreendendo o pioneirismo marítimo português, "descobre" um novo continente (América, chamado de Novo Mundo por Américo Vespúcio, daí América e não Colúmbia, Cristália ou Cristovália). Comentaremos as assinaturas entre os reinos de Espanha e Portugal da Bula – decreto papal - Inter Coetera (1493 – que previa à existência de terras 100 léguas à Oeste de Cabo Verde no Oceano Atlântico) e do Tratado de Tordesilhas (1494 – terras encontradas a 370 léguas do mesmo oceano). Lembraremos a viagem secreta, em virtude de políticas adotadas por D. Manuel I – rei de Portugal, em 1498 do herói esquecido (o intrépido português Duarte Pacheco Pereira, 1460-1533, possível descobridor do Brasil). Analisaremos outro fator, de grande importância, com o objetivo de responder à formulação da hipótese, ou seja, os tópicos que envolvem o mito da Escola de Sagres (1443 – Quais fatores motivaram à criação do mito? Quais as influências do mito para as navegações portuguesas?) e o estímulo psicológico proporcionado em razão do lema maior daquela nação: Navegar é preciso, viver não é preciso. Comentaremos três importantes documentos históricos escritos na época (a Carta de Pero Vaz de Caminha, a Carta de Mestre João – João Faras ou João Emeneslau e a Relação do Piloto Anônimo, provavelmente João de Sá, escrivão da esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral) e que – fator que poderá ser observado pela leitura atenta dos três documentos -, não apresentam, por parte dos navegadores e marinheiros surpresas, admirações ou encantos, "provocados" pelo contato "inicial" com as terras "recém- descobertas" e com o modo de vida – simples - daquele "povo" de aspecto forte, pele morena, cabelos negros e, totalmente, desprovido de vestimentas. E, por último, as observações sobre o planisfério de Cantino – Alberto Cantino, representante-espião do Duque de Ferrara e Módena (antigo Estado da Península Itálica que ocupava uma parte da atual região italiana da Emília-Romana, segundo o wikipédia. Acesso: 16 jun. 2019) Hércules I d'Este, 1472-1505 – que é uma antiga carta náutica, obtida em Lisboa – Portugal em 1502, com o "registro" de terras "desconhecidas" além do Arquipélago de Cabo Verde no Oceano Atlântico (conhecido na época pelo epíteto de Mar Tenebroso, em virtude, das várias lendas e histórias de navegadores, marinheiros e pescadores, contadas em terra, com o intuito de assustar quem tivesse coragem para desafiar o Mar de Trevas), daí, em virtude do Planisfério, as assinaturas da Bula papal Inter Coetera (1493) e do Tratado de Tordesilhas (1494), em que foram signatários os reis de Espanha e Portugal, respectivamente, os católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela e João II, que estabeleciam, o primeiro, terras a 100 léguas à Oeste e o segundo terras estabelecidas a 370 léguas do mesmo ponto. Sendo estes dez argumentos os colaboradores máximos de nosso modesto ponto de vista, os esteios fortes de nossa construção intelectual, a didática do nosso trabalho; a nossa profissão de fé – como disse Olavo Bilac - poeta maior do Parnasianismo brasileiro, para dar credibilidade e aceitação à nossa resposta, formulada na tentativa de solucionar "mistério" que envolve a polêmica em relação ao "Descobrimento" do Brasil: Planejado ou Casual.