Este livro é bastante relevante, pois os autores preocupam-se em construir modalidades clínico-políticas que levem em conta o discurso e o lugar social ocupado pelo sujeito na polis, bem como os enunciados sociais e jurídicos, o romance familiar, o discurso da criança e o de seus pais. Nessa medida, considera o expressivo desamparo social em nosso país, pautado pela desigualdade social e racial. Mais ainda, faz proposições efetivas de acolhimento das crianças e dos adolescentes que sofrem por rupturas no laço parental e social.
Na contramão do desamparo social, o livro apresenta atos clínico-políticos que insistem na construção de um território de acolhimento, seja nas instituições socioeducativas, seja no trabalho de construção da parentalidade na adoção, a fim de reinstaurar a posição de pertinência para a criança como sujeito de desejo e de direitos.