O trabalho que deu origem a este livro foi finalizado no ano de 2015. Naquele ano, que ora parece tão longínquo, o Brasil via aprofundar uma crise política que se articulava ao cenário econômico e social. Somada a esse cenário prolongava-se uma seca que ameaçou de forma significativa os grandes centros urbanos da região centro-sul do país. Em verdade, longe de expressar o negacionismo da existência da mudança do clima (acredito que não se trata de uma discussão para este lugar), a seca expôs as fragilidades das bases do modelo de desenvolvimento nacional e, mais do que isso, a tessitura de poder que o sustenta.
Analisando a bacia do Paraopeba, tornou-se observável uma vocação de sua complementariedade espacial com o Quadrilátero Ferrífero e a bacia do Velhas.
Cabe reconhecer, portanto, que sua importância tende a se acentuar nos contextos regional e nacional. Essa posição tem custos e precisa de sustentação econômica e, portanto, exige planejamentos de longo prazo. Os recursos aí existentes precisam ser valorizados e potencializados, com vistas, em último caso, ao benefício geral de sua população.