Em Dentro da noite, Rodolfo conta a um amigo, durante uma viagem de trem, sua compulsão em espetar moças com alfinetes. Ele começou por sua noiva, sentindo a necessidade inexplicável de machucar a pele branca de seu belo braço, fazendo-a sofrer. Ela aceita passivamente a tortura, revelando-se a vítima perfeita para o sadismo do noivo. Até que o rito é interrompido quando o pai descobre e desfaz o compromisso. Rodolfo, então, procura prostitutas, que passam a desprezá-lo por sua crueldade inofensiva. Enfim, ele passa a atacar jovens aleatórias na rua, vítimas de oportunidade.
Já em O bebê de tarlatana rosa, durante os bailes de Carnaval, Heitor se encanta por uma jovem vestida com uma fantasia de bebê. Quando os dois se afastam da multidão para um momento íntimo, Heitor arranca, incomodado, o nariz postiço que fazia parte da fantasia, revelando um buraco no lugar do verdadeiro nariz. Choque e repulsa tomam conta dele, e ele se afasta. A estranha figura, que parecia ser uma jovem, poderia, na verdade, ser um homem disfarçado? O encontro bizarro, no calor do Carnaval, expõe os limites da moralidade e a fragilidade das máscaras que as pessoas usam, tanto físicas quanto sociais.