Autobiográfico, "Delírios Frásicos de Orepse Écov", narra a experiência vivida em um transtorno mental, agravada por um surto psicótico, sublimada pela poesia. Termo inspirado em nome cunhado pelo poeta cuiabano, Manoel de Barros (O Livro das Ignorãças), que ao entrar em contato com um bloco de notas de um canoeiro pantaneiro da década de 20, que esteve em uma situação de difícil solução, delirou e anotou seus pensamentos em um bloco de notas. Para o poeta cuiabano, o canoeiro voou fora da asa, já Orepse Écov, mergulhou em suas próprias ideias, golfado por tuas palavras. Bem que o título desta obra poderia ser "Ideias Alucenantes", como analogia ao sobrenome do "coautor", mas a precisão de delírios frásicos é mais apropriada e serve como homenagem em memória ao canoeiro. Talvez, somente aquele que foi além de seus próprios limites, entenderia tal história e no caso em comum entre as duas, escrever literalmente o que se passa na mente, parece mesmo ser o único caminho para atingir certo equilíbrio emocional e psíquico. Embora pareça trágico, esta obra é muita mais engraçada e leve. Linguagem, escudo e travesseiro.