De um grande amor e de uma perdição maior ainda apresenta uma inovação de Leticia Wierzchowiski diferente do que os leitores estão acostumados. A trama, protagonizada por um malandro tipicamente brasileiro, lembra muito mais o universo de Jorge Amado do que o dos heróis de guerra das obras anteriores. Com muito humor, a autora conta as incríveis aventuras amorosas de Bibico Nunes, um mulato de inesquecíveis olhos azuis que coleciona mulheres por onde passa, até o dia em que se apaixona por Cecília Antônia de Alfierez, a rica viúva de um deputado. Cecília, percebendo que está prestes a cair num despenhadeiro de amores, cria um sistema de regras para sua paixão: um calendário com dias e horas para amar. Como na mitologia grega, quando as deusas do Olimpo disputam o belo Páris, filho do rei de Troia, Bibico Nunes é ambicionado não apenas pelas mulheres de carne e osso, mas também pelas deusas de areia, vento e mar, senhoras do Candomblé, Iansã, Oxum, Obá e Iemanjá. De um grande amor e de uma perdição maior ainda traz sexo, pimenta, magia, cenários cintilantes e intrigas amorosas.