Este livro é resultado de uma dissertação de Mestrado em História, situada no Tempo Presente, que teve como foco mulheres trabalhadoras bancárias entre as décadas de 1960 e 1980 no estado de Santa Catarina em dois bancos públicos. As principais fontes da pesquisa são entrevistas orais, bibliografias e documentos diversos. A partir dessas fontes tentou-se analisar as trajetórias destas mulheres e os motivos pelos quais, até então professoras normalistas trocaram a profissão pela de bancária. Para compreender este processo, na primeira parte da pesquisa historiciza-se os bancos durante a década de 1960, quando estes promovem a automatização de seus serviços e assumem a racionalização do trabalho como princípio. Na segunda parte, o trabalho trata de memórias, narrativas e representações. As trajetórias individuais de cinco normalistas que se tornaram bancárias, a feminização da profissão bem como a carreira de quatro bancárias em um banco público são os caminhos percorridos pela pesquisa. Como se verá, a análise das trajetórias revelou permanências no tocante às tradicionais "ocupações femininas" indicando profundas desigualdades de gênero no trabalho bancário.