Resumo: Por alfabetização entende-se, nesse contexto, um processo que resulta em habilidades de escrita e leitura, o que requer práticas condizentes com a realidade dos educandos que se pretende ensinar, bem como outros fatores externos, entre eles, a motivação do aluno, o apoio familiar na vida escolar. Alfabetizar é, portanto, possibilitar ao sujeito o entendimento do mundo, uma vez que as práticas sociais de leitura e escrita estão presentes na vida cotidiana. Ser alfabetizado permite a interação com os outros sujeitos e com o mundo. Nesse sentido, a formação de alfabetizadores é de extrema relevância, pois se trata de profissionais que desenvolverão sua prática em uma fase crucial no processo de escolarização discente. Para compreender o perfil do alfabetizador é importante contextualizar os conceitos de Alfabetização e Letramento, uma vez que os termos estão diretamente ligados à prática docente deste profissional. Sobre a alfabetização. Além dos saberes proporcionados pela formação inicial e continuada, aqueles advindos, partindo então do pressuposto que ao docente é necessário um misto de saberes para desenvolver seu ofício, o diálogo entre os professores sobre a prática reforça e consolida estes saberes docentes e, consequentemente, são capazes de melhorar as próprias qualidades profissionais. da prática docente também são importantes na trajetória profissional.Palavras-chave: Alfabetização, Letramento, Estudante, Aluno e Escola. INTRODUÇÃOA alfabetização tem sido uma questão bastante discutida uma vez que há muitas décadas vem se observando as mesmas dificuldades de aprendizagem, reprovações, e abandono da escola por parte dos alunos, entre outros. Estas dificuldades são velhas conhecidas de todos, assim como seus mecanismos de produção do fracasso. Embora o assunto faça parte de um discurso um tanto desgastado, não há como se iludir fechando os olhos e fazendo de conta que o problema não existe. Existe e é estrutural, sendo profundamente relacionado, a fatores sociais, político, econômico e cultural.De acordo com Carvalho (2003), para o professor, a primeira turma de alfabetização é uma responsabilidade que preocupa e assusta. Colegas de trabalho e famílias dos alunos estão atentos aos resultados. Quem tem êxito constrói uma reputação valiosa. Quem fracassa, recebe no ano seguinte uma turma mais fraca, de crianças mais pobres, repetentes, que não tem quem olhe por elas.Há uma forte tendência em se atribuir o fracasso escolar ao professor e à sua má formação profissional. Não se pode negar, que a ação pedagógica do professor contribui, em grande parte, para que o processo ensino-aprendizagem realmente aconteça ou deixe de acontecer. E, no que se refere a essa ação, há um aspecto que não pode ser esquecido: a formação do professor. Esta formação não se concretiza apenas no curso específico, ao nível de ensino médio ou superior, ela se dá também através do trabalho que o professor realiza no dia-a-dia em sala de aula, é em contato com os alunos que a sua prática adquire sentido e se efetiva, uma vez que incorpora a realidade.Esse processo pedagógico, por sua própria natureza, é geralmente construído e reconstruído, avança e recua, dá saltos, tem contradições e, muitas vezes, traz conflitos.Porém, tais conflitos vão sendo superados à medida que o professor busca meios de melhorar sua prática através de estudos, trocas de experiências, participação em cursos e outras formas de formação.O Título VI da LDB, que trata dos profissionais da Educação, compõe-se de sete artigos, alguns dos quais estão mais diretamente ligados à formação do professor alfabetizador, ou seja, daquele que atua nas séries iniciais (1º e 2º ciclos) do ensino fundamental. Em síntese, esses artigos estabelecem:os fundamentos da formação dos profissionais da educação;os níveis de formação docente exigidos para a atuação dos professores na educação básica;as competências dos Institutos Superiores de Educação; o tempo mínimo para a prática de ensino, na fo