Pequeno-burguês quarentão, paulistano, metido a intelectual e esquerdista, topa garota de programa meio misteriosa que o arrebata e conduz ao inferno e inferninhos da megalópole.
Vazada em primeira pessoa, Dárlin, de Airton Paschoa, é narrativa que implode as convenções da prosa, criando dos estilhaços e rastilhos uma linguagem vertiginosa, a um tempo poética e patética, oswaldianamente carregada de amor e humor. A ligá-los, e eletrizá-los, não falta o conhecido e oculto condutor humano: a dor.