MIL, NOVECENTOS E OITENTA E QUATRO, tem seu laurel, Mas, não é a obra minha, Escreveu George Orwell. É minha a versão poética E com base, rima, métrica, Fiz com tal arte em cordel. Socialista convicto, Democrático nas ações, Nos seus escritos fomenta O zelo às revoluções; Das terríveis ditaduras Deixa às gerações futuras Suas preocupações. Se existe a revolução Daquelas que o povo faz Deve seguir um sistema Democrático, eficaz; É a repressão horrível E por isso, incompatível, Com as causas sociais. Na "Revolução dos Bichos" Fez um seu comparativo Com maltrato de granjeiros, Com sistema repressivo, Onde ali mostra, sem ética, Qual União Soviética A fugir do objetivo. Já no "MIL NOVECENTOS E OITENTA E QUATRO", então, Ele aponta para o caos Da mais vil revolução, Onde, mesmo massacrado, Vive um povo alienado A louvar o "GRANDE IRMÃO". Uma obra extraordinária Que tão fácil vem mostrar Para quem quer entender Onde podemos chegar; Onde algozes, por malfeitos, Usurpam todos direitos Sem que se possa notar. Muito mais que um romance, Uma crítica é dura e certa, Ela está em cada página Como trombeta em alerta; Instiga a luta em verdade Enquanto da liberdade Inda a porta está aberta.