Contemplando a perspectiva de certa diversidade de poéticas, a autora situa primeiramente uma reflexão sobre o Teatro, trazendo traços da sua trajetória no Século XX, até o Pós-dramático, mostrando que é no hibridismo que o ator contemporâneo precisa se situar. Para isto, apresenta, como norte, uma ideia instrumental do que seja "poética", utilizando-me do arsenal conceitual da psicanálise lacaniana. Em um segundo momento, a reflexão se estende para o Cinema, com proposições pontuais, que se alongam para o desenvolvimento de "figuras do ator" na Linguagem Cinematográfica. Assim, a autora responde a demandas específicas da prática atoral, na medida em que a cinefilia e a pedagogia, além da prática como atriz em cinemas independentes e autorais, lhe dão subsídios. Propõe, tanto no Cinema quanto no Teatro, uma estrutura de trabalho para o ator: que este se reconheça como agente da produção poética e perceba o manejo do processo de sua construção.