Precursor de obras sociais, "Ibiapina e a Igreja do Nordeste no século XIX" destaca os conflitos e confrontos nela existentes, evidenciando a ação de beatos e beatas que, em suas vidas, divulgavam um catolicismo popular que convivia com outro oficial. Em tal contexto vimos a eficácia da ação missionária de Ibiapina, homem de formação erudita e uma identidade de católico e cidadão do império; percebemos, assim, uma ação equilibrada entre as exigências do desenvolvimento e as decorrências da fé, que contribuiu para a formação de um corpo no qual não se acentuassem as diferenças, mas as congruências que tornassem menos conflituosa a convivência social. Escolhemos, prioritariamente, a análise da história da Igreja efetuada pelos membros da CEHILA, que critica uma história escrita a partir da própria instituição, acentuando a ótica do progresso, do triunfo, dos jubileus e datas comemorativas, elaborada com caráter apologético e praticada nos meios eclesiásticos. Voltando para dentro da Igreja Católica, surgiram críticas às histórias escritas somente pelos grandes e vencedores, tendo em vista que omitem a participação de uma grande maioria de empobrecidos e de outros grupos excluídos, mas presente nas atividades missionárias do padre Ibiapina partindo da fé à promoção social.